Arte Alentejana em Terras de França
Após quatro meses de intensa actividade, a exposição “Portugal Eternel – Patrimoine de la Région de l’Alentejo” concluiu a sua presença em Lyon, no Musée d’Art Religieux, paredes-meias com a basílica de Notre-Dame de Fourvière, no passado 3 de Janeiro. Visitas guiadas, palestras, sessões de acolhimento, jantares temáticos, encontros com os professores e alunos de português da Université Lumière, o pólo II da universidade pública de Lyon, um congresso do Comité de Indumentária do Conselho Internacional dos Monumentos (ICOM). O resultado está à vista: no período em que a exposição permaneceu em Lyon, Fourvière contou com cerca de 110 000 visitantes.
Uma das conclusões que se pode tirar deste movimento reside no facto de que o Alentejo gera, em França, verdadeira paixão. Há aqui o reflexo de uma nostalgia pelos grandes espaços e pela autenticidade de uma cultura ainda fiel às suas raízes. Numa Europa urbanizada, profundamente transformada pela mão humana, a liberdade das lonjuras alentejanas representa um poderoso factor de atracção. Mas há mais. Para os olhos de um observador dos países frios, a nossa arte apresenta encantos inesperados. O uso de cores fortes, o apego ao ouro e à prata ou o contacto com civilizações de outros continentes, por exemplo. Ou uma vivência religiosa, intensamente assumida ao nível colectivo, que contrasta com a frieza racional de outras áreas europeias.
“A arte alentejana desperta, em França, um interesse que vai dos meios académicos ao grande público”, salienta José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, entidade responsável pela iniciativa, em parceria com o Musée d’Art Religieux
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
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